O que é?
Cerca de 36 milhões de pessoas sofrem de pressão alta no Brasil, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia. Os idosos são os mais afetados, mas crianças e adolescentes também podem ser atingidos. Ela é a principal causa de doenças no coração, nos rins, no cérebro, além de entupimento das artérias e diminuição da visão.
A pressão alta, também conhecida como hipertensão, não tem cura, ou seja, é uma doença crônica. Ocorre quando o nível de pressão sanguínea nos vasos e artérias é muito alto. O valor médio da pressão arterial é 12 por 8, variações acima disso precisam de avaliação médica para identificar se a pessoa tem a pressão alta.
Fatores de Risco
Existem alguns fatores de risco para pressão alta que aumentam as chances de desenvolver a doença, veja quais são os fatores que você pode controlar:
- Sobrepeso e obesidade - cerca de 70% dos homens e 61% das mulheres com hipertensão são obesos.
- Sedentarismo - praticar exercícios físicos contribui para diminuição da pressão arterial, além de aliviar o estresse e evitar o ganho de peso, outros fatores de risco para pressão alta.
- Sal - quem consome acima de 5g de sal diariamente está mais sujeito à hipertensão arterial.
- Estresse - excesso de trabalho, angústia, preocupações e ansiedade podem aumentar a pressão arterial.
- Álcool - o consumo diário superior a 30g por mulheres e 31g por homens aumenta o risco de desenvolver pressão alta.
- Tabagismo - a nicotina faz o coração trabalhar mais, o que leva ao aumento da pressão arterial e torna a pessoa vulnerável a doenças cardiovasculares.
Além dos fatores de risco controláveis, também existem fatores que não podem ser controlados, veja quais:
- Idade e sexo - mulheres a partir de 65 anos e homens acima de 50 anos são mais afetados;
- Etnia - a doença é mais comum em negros;
- Histórico familiar - cerca de 90% dos casos são herdados dos pais.
Prevenção
Os fatores de risco de pressão alta que podem ser controlados estão relacionados à alimentação e ao estilo de vida saudável. Para preveni-la, é importante adotar os seguintes hábitos:
- Ter uma alimentação equilibrada;
- Evitar comidas gordurosas, frituras, embutidos e produtos industrializados;
- Praticar exercícios físicos regularmente;
- Manter o peso ideal;
- Diminuir o consumo de sal;
- Não consumir bebidas alcoólicas;
- Não fumar;
- Evitar o estresse, por exemplo, dormindo sete horas por dia no mínimo e com técnicas de relaxamento e controle da ansiedade.
- Controle do estresse e outros transtornos mentais como ansiedade
- Sono adequado
Sinais e Sintomas
A hipertensão arterial é um problema silencioso, porque provoca reações apenas quando já está em uma fase avançada ou quando a pressão aumenta bruscamente.
Veja alguns sinais e sintomas de pressão alta:
- Dor de cabeça;
- Dores no peito;
- Tontura;
- Falta de ar;
- Sangramento nasal;
- Fadiga;
- Sonolência;
- Vômitos.
Se você tem um ou mais dos sinais e sintomas relacionados acima, não significa que seja hipertensão arterial. Porém, procure um médico para ele fazer o diagnóstico e indicar o melhor tratamento para o seu caso.
Pressão alta na gravidez
A hipertensão arterial na gravidez atinge de 5% a 10% das gestantes. É a principal causa de morte materna no Brasil e divide-se em dois níveis de gravidade:
- Pré-eclampsia - geralmente, acontece a partir da 20ª semana de gestação. Pode causar dor de cabeça, tontura, inchaço nas mãos e no rosto;
- Eclampsia - é a forma mais grave da doença e pode provocar convulsões, hemorragias, perda da função renal, derrame e até a morte de gestante.
Existem alguns fatores de risco para pressão alta na gravidez: primeira gravidez na adolescência, pressão alta crônica, pré-eclampsia em gravidez anterior, diabetes, doença renal, trombose e doenças como lúpus e esclerodermia.
Normalmente, exames de sangue ajudam no diagnóstico da pressão alta na gravidez. O tratamento é feito com medicamentos e a gestante pode ser internada para fazer um acompanhamento melhor e preservar o bebê. Em alguns casos, há chances de a gravidez ser interrompida. Mas o médico precisa avaliar todo o contexto, como o risco de morte ou de sequela grave para mãe e bebê.
Diagnóstico
É recomendado medir a pressão arterial uma vez por ano. Porém, quem tem casos de hipertensão arterial na família deve medir a pressão a cada seis meses. Apesar do diagnóstico ser clínico o médico pode utilizar exames complementares como o MAPA, que é um exame que monitora a pressão durante 24 horas. Com o resultado, é possível saber se o aumento ocorreu porque a pessoa estava tensa quando mediu a pressão ou se é hipertensa mesmo.
Tratamento
A pressão alta é uma doença que não tem cura, mas é possível controlá-la e ter uma boa qualidade de vida com a ajuda de medicamentos e mudança de hábitos.
Tratamento com medicamentos - controla a pressão arterial e diminui o risco de doenças cardiovasculares. Provavelmente, a pessoa vai usar medicamentos durante a vida inteira, mas é importante seguir todas as orientações do médico e não parar caso sinta-se melhor e ache que não precisa mais. Veja quais são as classes de medicamentos disponíveis para o tratamento de pressão alta:
- Diuréticos;
- Inibidores adrenérgicos;
- Vasodilatadores diretos;
- Inibidores da enzima conversora da angiotensina;
- Antagonistas dos canais de cálcio;
- Antagonistas do receptor da angiotensina II.
Mudança de hábitos - mudar os hábitos alimentares e incorporar um estilo de vida saudável é importante parar tratar a hipertensão arterial. Evite comidas gordurosas, frituras, produtos industrializados e bebidas alcoólicas. Também diminua a quantidade de sal na comida e pratique exercícios físicos regularmente depois de uma avaliação médica.
Apenas o médico pode indicar a melhor forma de tratar a doença, Converse com ele sobre o que é mais indicado para você. Nunca se automedique.
Referências
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PP-PCU-BRA-0423 - Fevereiro/2021