Blog da Saúde
Transtornos alimentares e depressão podem estar relacionados
Transtornos alimentares e depressão podem estar relacionados
Transtornos alimentares e depressão: precisamos falar sobre esse
assunto.
Não dá para negar que a tecnologia faz parte da rotina de
milhares de pessoas. Estamos o tempo todo conectados, seja via celular,
computador, televisão e por aí vai. Dessa forma, somos bombardeados por
informações, incluindo padrões de beleza inalcançáveis que acabam interferindo
na forma como lidamos com o nosso corpo e mente. 1
Na tentativa de alcançar esses "padrões de beleza", muitas
pessoas acabam desenvolvendo os chamados transtornos alimentares (TAs).2
Em todo mundo, observa-se o aumento do número de casos dessas
condições. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 4,7% dos brasileiros
possuem algum tipo de transtorno alimentar. 1,2
Estudos revelam que os transtornos alimentares, possuem um
caráter multifatorial, podendo desencadear-se por diversos fatores, dentre os
quais destacam-se os biológicos, genéticos, sociais, culturais e psicológicos. 1,2
A relação dos transtornos alimentares com outros transtornos
psiquiátricos tem sido cada vez mais estudada, uma vez que doenças como ansiedade
e depressão podem agravar ainda mais a forma como o paciente lida com a doença
e o tratamento. 1
Tanto os transtornos alimentares quanto a depressão possuem muitos
"tabus". Muitos pacientes, por medo de falar sobre o assunto, nem sabem que as
doenças coexistem.
Mas não se preocupe. Estamos aqui para quebrar alguns desses
"tabus" e falar da relação entre as duas condições, além da importância do
tratamento. Acompanhe!
Depressão e transtorno alimentar: qual a relação?
Primeiramente, vamos esclarecer o que são os transtornos
alimentares.
Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes, transtornos
alimentares são distúrbios psiquiátricos caracterizado por hábitos alimentares
irregulares, sofrimento e grave preocupação com o peso ou a forma do corpo.3
Os distúrbios alimentares podem incluir ingestão inadequada
ou excessiva de alimentos podendo prejudicar a saúde e bem-estar da pessoa.3
Eles podem atingir crianças, adolescentes e adultos em todas
as faixas etárias e de ambos os sexos. No entanto, estudos revelam que há uma
prevalência em mulheres entre a adolescência e fase adulta. 3
Mas qual a relação dos transtornos alimentares com a depressão?
A relação entre as duas doenças é uma via de mão dupla. Isso
quer dizer que os TAs, podem desencadear a depressão e vise versa. 4,5
Tudo isso acontece pois ambas as doenças afetam a saúde
mental de uma pessoa. A depressão, por exemplo, está associada a um
desequilíbrio em certas substâncias químicas no cérebro. Tais substâncias atuam
regulando o humor, sono, ritmo cardíaco e apetite. 4,5
Estudos revelam que, entre 6 e 7 anos após o diagnóstico de
transtornos alimentares, os pacientes também são diagnosticados com depressão,
que é a condição mais comum entre eles. 4,5
Segundo o Conselho Federal de Nutricionistas (CFN), muitos
pacientes com transtornos alimentares não reconhecem que têm um problema de
saúde e não percebem que estão passando por um sofrimento físico e psicológico.
6
O tratamento adequado garante sua qualidade de vida
Tanto a depressão quanto os transtornos alimentares são
doenças preocupantes que merecem a sua atenção. 6
O mais importante é lembrar que a depressão e os transtornos
alimentares, quando diagnosticados precocemente e recebem o tratamento adequado,
favorecem a melhora dos sintomas evitando o desenvolvimento outras doenças. 6
Por isso, sempre que achar necessário, procure ajuda do seu
médico.
Você também pode contar conosco! Aqui, no Se Cuida, você
encontrará diversos conteúdos para ajudá-lo durante toda a jornada do seu
tratamento. Informação é importante e salva vidas.
Você não está sozinho nessa luta!
Material para todos os públicos.
EFEX-2022-0041-maio/2022
Referências:
1. ALBUQUERQUE,
Andradina Lima de; BAHIA, Fernanda Candido de Carvalho; MAYNARD, Dayanne da
Costa. Compulsão alimentar: uma análise da relação com os transtornos
psicológicos da depressão e ansiedade. Compulsão alimentar: uma análise
da relação com os transtornos psicológicos da depressão e ansiedade, [S.
l.], v. 10, n. 16, p. 1-8, 14 dez. 2021. DOI DOI:
http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v10i16.23982. Disponível em:
https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/download/23982/21028/285712.
Acesso em: 22 abr. 2022.
2. CONSELHO
REGIONAL DE MEDICINA DO ESTADO DE PERNAMBUCO. Brasil: transtorno
alimentar na crescente. [S. l.]: Claudia Ferreira, 21 fev. 2022.
Disponível em: https://www.cremepe.org.br/2022/02/21/brasil-transtorno-alimentar-na-crescente/.
Acesso em: 22 abr. 2022.
3. SOCIEDADE
BRASILEIRA DE DIABETES. Conceito e Tipos mais Frequentes de Transtornos
Alimentares: O que é um transtorno alimentar?. [S. l.]: Dr. Augusto
Pimazoni-Netto, 2022. Disponível em:
https://diabetes.org.br/conceito-e-tipos-mais-frequentes-de-transtornos-alimentares/#:~:text=O%20que%20%C3%A9%20um%20transtorno,ou%20a%20forma%20do%20corpo.
Acesso em: 22 abr. 2022.
4. TIRICO,
Patrícia Passarelli; STEFANO, Sérgio Carlos; BLAY, Sergio Luís. Qualidade de
vida e transtornos alimentares: uma revisão sistemática. Cadernos de
Saúde Pública, Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São
Paulo, p. 1-10, 12 out. 2012. Disponível em:
https://www.scielosp.org/article/csp/2010.v26n3/431-449/. Acesso em: 22 abr.
2022.
5.
FONTENELLE, Leonardo F; CORDÁS, Táki A; SASSI, Erlei. Transtornos alimentares e
os espectros do humor e obsessivo-compulsivo. Brazilian Journal of Psychiatry , [S. l.], v. 3, p. 1-24, 31 mar. 2003. DOI
https://doi.org/10.1590/S1516-44462002000700006. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/rbp/a/5smXTWBPnrSZqZ7F5tJ4fcN/?lang=pt. Acesso em: 22
abr. 2022.
6. CONSELHO
FEDERAL DE NUTRICIONISTAS. Transtornos alimentares são fatores de risco
ao suicídio. [S. l.]: Rafael Ortega, 26 set. 2020. Disponível em: https://www.cfn.org.br/index.php/noticias/transtornos-alimentares-sao-fatores-de-risco-ao-suicidio/.
Acesso em: 22 abr. 2022.