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Como a Dor Neuropática Impacta a Qualidade de Vida dos Idosos
A dor
neuropática é uma condição comum, mas muitas vezes subestimada, que pode
impactar profundamente a vida de quem a enfrenta - especialmente entre os
idosos. Apesar de dados específicos sobre sua prevalência nessa faixa etária
serem limitados, sabe-se que seus efeitos na qualidade de vida podem ser tão
intensos quanto os causados por outras doenças crônicas.¹
Neste
artigo, vamos explorar como a dor neuropática interfere no dia a dia dos idosos
e compartilhar estratégias que podem contribuir para aliviar os sintomas e
melhorar a qualidade de vida.
Os sintomas da dor neuropática em idosos
A dor
neuropática pode ocorrer tanto em jovens quanto em idosos, já que as condições
que causam essa dor costumam se manifestar de forma semelhante em todas as
idades.¹ Isso significa que a maneira de identificar e iniciar o tratamento é a
mesma, independentemente da idade do paciente.¹
Os sintomas
mais comuns incluem:²
- Sensação de
queimação ou frio doloroso;
- Choques,
formigamentos e amortecimentos;
- Sensações
de coceira, alfinetadas ou agulhadas.
O impacto na qualidade de vida
A dor
neuropática, quando não tratada, pode trazer consequências significativas para
a qualidade de vida dos idosos. Entre os principais impactos estão:¹
Além disso,
o sofrimento causado pela dor pode aumentar as chances de desenvolver
depressão, especialmente quando a intensidade da dor é maior.¹
O Tratamento medicamentoso da Dor Neuropática em Idosos
O
tratamento para a dor neuropática envolve o uso de medicamentos chamados
adjuvantes analgésicos. Entre eles estão os anticonvulsivantes e alguns
antidepressivos.²
No caso dos
idosos, o tratamento pode ser mais complexo devido à presença de outras
condições de saúde, como insuficiência renal ou cardíaca, que podem exigir
ajustes no tipo, na dose ou na frequência dos medicamentos.¹
Além disso,
muitos idosos utilizam outros medicamentos para tratar problemas de saúde
variados, o que pode aumentar o risco de interações entre remédios. Por isso, é
fundamental que o tratamento seja cuidadosamente planejado por profissionais de
saúde. ¹
Tratamento não medicamentoso e qualidade de vida
O
tratamento da dor crônica pode ir além do uso de medicamentos, oferecendo
alternativas que ajudam a reduzir o impacto da dor sem causar efeitos
colaterais significativos. Essas estratégias também podem ser combinadas com
medicamentos e outros tratamentos para potencializar os resultados, de acordo
com orientação médica.³
Apesar de
serem opções seguras e eficazes, essas abordagens ainda são menos utilizadas
por idosos do que por pessoas mais jovens, muitas vezes por falta de informação
ou acesso. Por isso, é importante que mais pacientes tenham acesso a essas
alternativas, que podem melhorar significativamente a qualidade de vida.³
Entre as
principais opções estão:²
1. Programas educativos
- Esses
programas ajudam a responder dúvidas, encorajar o autocuidado e oferecer
informações claras para tranquilizar o paciente sobre sua condição e
tratamento.²
2. Atividade física
- Praticar
exercícios ou manter atividades regulares traz benefícios para o corpo e a
mente, melhorando o funcionamento de diversos sistemas do organismo.²
- É
importante evitar o repouso absoluto, a menos que seja recomendado pelo médico,
e adotar uma postura ativa sempre que possível.²
- As
atividades físicas devem ser adequadas às condições do paciente, e, para isso,
a orientação de um profissional é fundamental.²
3. Terapias manuais
- Técnicas
como massagem ajudam a aliviar a dor, melhorar a mobilidade, relaxar os
músculos e reduzir a inflamação.²
4. Acupuntura
- Essa
técnica pode ser uma boa opção para reduzir a dor crônica, especialmente em
casos de problemas nos joelhos ou quadris.²
- Caso não
haja melhora no primeiro mês, o tratamento deve ser avaliado novamente.²
5. Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC)
- A TCC ajuda
o paciente a entender como pensamentos e emoções podem influenciar sua
percepção da dor, oferecendo ferramentas para lidar melhor com a situação.²
Conclusão
A dor
neuropática pode ser desafiadora, mas com os tratamentos adequados e uma
abordagem integrada, é possível reduzir seus impactos na rotina dos idosos.
Medicamentos, terapias complementares e mudanças no estilo de vida desempenham
papéis importantes para oferecer alívio e melhorar o bem-estar. Procure sempre
orientação médica e aproveite todas as ferramentas disponíveis para viver com
mais qualidade e conforto.
Leia
também: Como
manter o bem-estar emocional quando a dor neuropática parece não dar trégua
Referências
- PMC PUDMED CENTRAL Neuropathic Pain in the Elderly.
Disponível
em: https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC8066049/
Acesso em 10/01/25
- Ministério
da Saúde. Dor Crônica. Disponível em: https://www.gov.br/conitec/pt-br/midias/protocolos/pcdt-resumido-da-dor-cronica
Acesso em 10/01/25
- American Academy of Pain Medicine.
Non-pharmacological management of neuropathic pain in older adults: a
systematic review. Disponível em: https://academic.oup.com/painmedicine/article/25/1/47/7247538
Acesso em 10/01/25
Material
destinado a todos os públicos.
BR-NON-2025-00006 - Janeiro/2025