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Crise de ansiedade: entenda o que ela causa no seu corpo

O coração disparado, a respiração curta, as mãos tremulas, o suor frio e um sentimento enorme de que tudo vai dar errado. Esses são alguns dos sintomas mais comuns durante uma crise de ansiedade.1

Apesar de ser comum, a linha entre a ansiedade e os transtornos de ansiedade é tênue. Por isso, reconhecer os sinais do corpo e da mente é essencial.1

Se você está procurando por respostas sobre esse assunto, continue lendo esse texto para entender melhor o que é uma crise de ansiedade e o que acontece no seu corpo durante essa crise.

 

Entendendo a ansiedade

A ansiedade é algo normal? A resposta para essa pergunta é: depende! 1

Presente na vida do ser humano há muito tempo, a ansiedade é um estímulo importante para que a pessoa aprenda a se adaptar, identificar situações ameaçadoras, antecipar o risco de desfecho negativo ou, pelo lado positivo, melhorar seu desempenho em alguma tarefa. Por isso, a ansiedade torna-se uma experiência subjetiva do ser humano, que causa reações comportamentais, fisiológicas e cognitivas. 1

O problema acontece quando a ansiedade causa reações físicas emocionais exacerbadas, que limitam a sua habilidade de realizar tarefas e viver de forma saudável, podendo desencadear disfunções orgânicas. Se o medo e a preocupação são excessivos, é hora de contar com a orientação de um médico especialista, pois você pode ter um transtorno de ansiedade.1

Esse transtorno pode se manifestar de várias formas como, por exemplo: transtorno de ansiedade generalizada, transtorno de pânico, transtorno de ansiedade social e fobia. 2

 

Entendendo a crise de ansiedade

A crise de ansiedade é o resultado de situações de desconforto que, empilhadas ao longo do tempo, ocasionam em um ataque. 3

Entre os gatilhos, estão fatores genéticos, ambientais, situacionais, existenciais e ligados ao desenvolvimento humano, como a chegada da vida adulta, relacionamentos e outros. 1, 3

Os diferentes transtornos compartilham sinais entre si, mas também possuem suas particularidades. 3, 4

Nos ataques de pânico, por exemplo, a pessoa experiencia episódios muito intensos de medo que, muitas vezes, ocorrem de forma súbita. Esses episódios duram cerca de 10 minutos, causando sintomas tão severos que, para algumas pessoas, eles se assemelham a sensação de um ataque cardíaco. 3,4

Já nos casos de fobia social, a pessoa apresenta os sintomas em situações e ambientes compartilhados com outras pessoas. Entre os sinais mais comuns, então os tremores e suor excessivo, desencadeados pela sensação de estar sendo julgado e observado. 3, 4

No geral, as crises se manifestam através de sintomas psicológicos como falta de foco, tensão e irritabilidade exagerada, mas também impactam de maneira significativa no estado físico da pessoa ansiosa. 1, 2

 

O que acontece no seu corpo durante uma crise de ansiedade?

As crises de ansiedades têm sintomas físicos. Isso acontece porque ao se deparar com uma situação de ameaça, o seu corpo tende a se tensionar e se preparar para uma situação de "luta ou fuga". 1

O cérebro, então, recebe esse sinal e identifica que você está passando por uma situação de perigo. Como forma de autoproteção, ele envia mensagens de alerta para todo o corpo. 1

Entenda o que acontece em cada parte do seu corpo que é atingida por esse mecanismo de "defesa" 1:

 Cérebro
 Desequilíbrio de serotonina e liberação de alto nível de adrenalina no organismo por causa da reação exagerada da amígdala cerebral. Isso é o que vai desencadear os sintomas físicos.1

 

 Músculos
 Os músculos se contraem por conta desse estado de alerta. Passada a crise, isso pode deixar o corpo dolorido.1, 3

 

 Coração
 Taquicardia e aumento da pressão arterial, o que intensifica a distribuição de sangue para algumas partes do corpo. 1

 

 Respiração
A respiração pode ficar mais curta ou acelerada, ocasionando em falta de ar, tontura e vertigem. 1, 3

 

 Pele
Outra parte do corpo afetada pela alteração do fluxo sanguíneo é a pele, o que pode dar sensação de formigamento, além de te deixar com aparência pálida quando está com medo. 1

 

 Mãos
 Também são afetadas pela alteração do fluxo sanguíneo, podendo sofrer suor e tremores. 1

 

 Olhos
A visão pode ficar turva e embaçada porque as pupilas se dilatam com o objetivo de entrar mais luminosidade. 1

 

 Estômago
A liberação de adrenalina e cortisol irrita o estômago, provocando dor e até vômitos. 1, 3

 

 Intestino
A adrenalina também inibe o funcionamento do intestino, que passa a receber menos sangue.1 Esse "relaxamento" do órgão pode causar desarranjo intestinal. 1, 3

 

Como os sintomas e sua intensidade podem variar de pessoa para pessoa, pode ser que você não apresente todos eles ao vivenciar uma crise de ansiedade. 1, 4

Veja também: meditação e a importância de se manter no presente

Além de tentar identificar os gatilhos que levam você a ter uma crise de ansiedade, algumas atitudes podem ajudar a passar por ela de maneira mais amena, evitando uma intensificação das reações. 1

Por fim: procure ajuda! Não tenha vergonha de compartilhar seus sentimentos e procure um profissional da saúde que possa fazer um diagnóstico correto, indicar o melhor tratamento e ajudá-lo a entender o significado dessa experiência. 1, 2, 3

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Referências:

  1. EDUCapes - GOV. Transtornos de ansiedade - Guia de educação em saúde para enfermeiros. Disponível em: https://educapes.capes.gov.br/bitstream/capes/646516/2/Guia%20Transtornos%20da%20Ansiedade%20-%20E-Book%20%28ver%201.0%29.pdf. Acesso em 25 jun. 2024.
  2. National Institute of Mental Health (NIMH) - Anxiety Disorders. Disponível em: https://www.nimh.nih.gov/health/topics/anxiety-disorders . Acesso em 23 jul. 2024.
  3. Helpguide. Anxiety disorders and anxiety attacks. Disponível em: https://www.helpguide.org/articles/anxiety/anxiety-disorders-and-anxiety-attacks.htm. Acesso em 22 jul. 2024.
  4. Ministério da Saúde. Transtornos de ansiedade podem estar relacionados a fatores genéticos. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2022/setembro/transtornos-de-ansiedade-podem-estar-relacionados-a-fatores-geneticos. Acesso em 23 jul. 2024.

 

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