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Conheça a relação entre Fibrilação Atrial e AVC
A
Fibrilação Atrial (F.A) afeta 33 milhões de pessoas em todo o mundo.¹ O AVC,
Acidente Vascular Cerebral, é a complicação mais grave provocada pela F.A.2,3
Porém, a relação entre Fibrilação Atrial e AVC pode causar dúvidas e é sobre
isso que iremos falar hoje. Dessa forma, você poderá ter mais conhecimento
para, junto ao seu médico, poder gerenciar sua saúde de maneira cada vez mais
eficaz.
Sobre
Fibrilação Atrial
A
Fibrilação Atrial é o tipo de arritmia no coração mais comum no mundo.¹
Arritmia, por sua vez, é qualquer alteração no ritmo de contração e relaxamento
do coração.4
A
Fibrilação Atrial tem caráter progressivo5 que pode ter os seguintes sintomas
como:
- Palpitação;6
- Fadiga;6
- Falta de ar;6
- Mal-estar;6
- Tontura;6
- Ansiedade;6
- Dor no peito.6
É
importante lembrar que a Fibrilação Atrial se apresenta assintomática para 15 a
30% das pessoas. Nesses casos, a condição pode ser descoberta por via de
medição de pulso e/ou triagem.6
Fatores de
risco e Diagnóstico da Fibrilação Atrial
Alguns
fatores contribuem para uma maior chance do desenvolvimento da Fibrilação
Atrial, são eles:
- Problemas no coração desde o nascimento;7
- Pessoas do sexo masculino;7
- Obesidade;7
- Tabagismo;7
- Estresse;7
- Estimulantes, como cafeína;7
- Doenças crônicas como pressão alta e diabetes;7
- Problemas respiratórios como apneia do sono;7
- Histórico familiar;7
- Idade avançada.7
O
diagnóstico da F.A ocorre através de:
- Palpação do pulso;8
- Exame eletrocardiograma (ECG);8
- Monitoramento com aparelho Holter ou monitor de eventos, que mede o
ritmo cardíaco do paciente durante um período maior de tempo;8
- Análise do histórico e condição de saúde geral do paciente;8
- Exames complementares.8
Após
diagnóstico, o médico avaliará o risco de tromboembolismo como complicação da
Fibrilação Atrial através de uma escala. Vamos entender mais sobre ela a
seguir.
AVC como
complicação da Fibrilação Atrial
Quando os
átrios, devido a Fibrilação Atrial, não conseguem manter o ritmo natural, eles
param de enviar a quantidade de sangue adequada para o ventrículo e uma parte
desse sangue pode ficar estagnada.²
É nesse
momento que pode surgir a formação de coágulos sanguíneos. Se os coágulos
formados se soltam, eles viajam para grandes artérias do cérebro, provocando um
Acidente Vascular Cerebral (AVC), que pode gerar sequelas graves e até a
morte.²
Existem
algumas formas de medir o risco de AVC. Uma delas é a escala CHA2DS2-VASC .
Essa escala funciona com uma pontuação que facilita a identificação de
pacientes com alto risco de um evento de tromboembolismo em decorrência da
Fibrilação Atrial.5
A escala
considera fatores de risco e deve ser analisada e interpretada por um médico,
que vai escolher a melhor abordagem de tratamento para o paciente. Para fins de
conhecimento, a escala se apresenta da seguinte forma:5
Existem
maneiras de prevenir tromboembolismo em decorrência da Fibrilação Atrial?
A
Fibrilação Atrial chega a atingir entre 10 e 12% de idosos acima de 80
anos¹. Esse é um dado preocupante, visto
que a população está envelhecendo. Portanto, é importante encontrar maneiras de
prevenir possíveis complicações, como o AVC.5
Geralmente,
de acordo com a escala de risco, o médico indicará o tratamento com base em
medicamentos anticoagulantes, que diminuem as chances de um coágulo se formar,
reduzindo, portanto, os riscos de um AVC em pacientes diagnosticados com
Fibrilação Atrial.9
Além disso,
mudanças no estilo de vida geral provavelmente serão necessárias, como se
alimentar melhor, se exercitar, se assim for orientado por seu médico.
Conte com o
Se Cuida para seguir nessa jornada e leia também: Alimentos
para evitar e ajudar sua pressão
Referências:
1 - Santos, K. de O., e Borges, L. O., Mourão, M.
F., Guazzelli, F. R., & Viana, S. S. (2023). Fibrilação Atrial - aspectos
epidemiológicos, fisiopatológicos e manejo terapêutico. Brazilian Journal of
Health Review, 6(5), 23686-23694. Disponível em:
https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/63603/45737
Acesso em 05/12/2023
2 - Dalmo
Antonio Ribeiro Moreira. Ricardo Garbe Habib. Anticoagulação na fibrilação
atrial. Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo. Disponível em:
https://docs.bvsalud.org/biblioref/2021/08/429676/anticoagulacao-na-fibrilacao-atrial.pdf
. Acesso em 23/11/23
3 - J.
Tarcísio Medeiros de Vasconcelos, Carlos Eduardo Duarte, Silas dos Santos
Galvão Filho. Fibrilação Atrial e Tromboembolismo Sistêmico - Relação Causal ou
uma Mensagem de Doença Atrial?. Disponível em:
https://www.jca.org.br/jca/article/download/3304/3317 . Acesso
22/11/2023
4 -
Tratamento de Arritmias. Você também pode conhecer este serviço como:
Arritmias. Serviços e Informações do Brasil. Disponível em:
https://www.gov.br/pt-br/servicos-estaduais/tratamento-de-arritmias-1 Acesso em
02/01/2024
5 - Olga
Ferreira de Souza, Silvia Helena Boghossian. Fibrilação Atrial. Sociedade de
Cardiologia do Estado do Rio de Janeiro. Disponível em:
https://socerj.org.br/fibrilacao-atrial/ Acesso em 22/11/2023
6 - Tenho
Arritmia. Fibrilação Atrial. Sintomas da FA Disponível em:
https://getsmartaboutafib.net/pt-br/publico-geral/tenho-fibrilacao-atrial/sintomas-da-fa
.Acesso em 22/11/2023
7 - Tenho
Arritmia. Fibrilação Atrial. Causas de FA. Disponível em:
https://www.sbgg-sp.com.br/acidente-vascular-cerebral-avc-ave-ou-derrame/
Acesso em 22/11/2023
8 -
Diagnosticando a FA. Tenho Arritmia. Fibrilação Atrial. Disponível em:
https://getsmartaboutafib.net/pt-br/hcp/diagnostico-da-fa/diagnosticando-a-fa
Acesso em 24/11/2023
9 - Almeida
Campos, L. R., Albino Fernandes, L., Gonçalves de Souza, I., Soares Malta, J.,
Moreira da Costa, J., & Parreiras Martins, M. A. (2021). Análise do escore
CHA2DS2-VASc em pacientes com controle inadequado de anticoagulação:
10.15343/0104-7809.202145318326. O Mundo Da Saúde, 45(s/n), 318-326. Recuperado
de
https://revistamundodasaude.emnuvens.com.br/mundodasaude/article/view/1149 -
Acesso em 23/11/2023
Material
destinado a todos os públicos.
RIV-2023-0035
- Janeiro/2024