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Como ajudar uma pessoa com esquizofrenia?

A esquizofrenia é um transtorno mental grave que atinge cerca de 1% da população mundial. Ela possui sintomas significativos como: percepção delirante, alucinações auditivas, eco do pensamento ou sonorização do pensamento, difusão do pensamento, roubo do pensamento, vivências de influência na esfera corporal ou ideativa.1,2

Além disso, a pessoa com esquizofrenia apresenta isolamento, apatia, agitação, comportamento autodestrutivo, inquietação, hostilidade, comprometimento na comunicação, no processo familiar, na interação social, entre outros.3

Pelo que se sabe, o transtorno esquizofrênico pode acometer tanto homens quanto mulheres, porém no homem o problema costuma aparecer mais cedo, entre 10 e 25 anos, enquanto em mulheres o maior pico de adoecimento é entre 25 e 30 anos.4 

A causa da esquizofrenia ainda é desconhecida. O que se pode dizer é que há alguns fatores de risco para o seu desenvolvimento como histórico familiar, problemas no nascimento, abuso de drogas, episódios de estresse traumático, entre outros.5,6

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Apesar de não ter cura, a esquizofrenia pode ser controlada com o uso de medicamentos e acompanhamento terapêutico. É muito importante que o tratamento não seja interrompido, a fim de evitar novas crises.7

Se você convive com uma pessoa que possui diagnóstico de esquizofrenia e já presenciou crises, mas ficou sem saber como agir nesses momentos, fique tranquilo. Vamos esclarecer esse assunto agora mesmo.

 

O que fazer diante de uma crise de esquizofrenia?

O ideal é que, com o controle da doença, as crises não aconteçam com tanta frequência, mas caso ocorram é importante que você saiba como agir, não é!? Por isso, vamos ao que interessa.

Em um momento de crise, é preciso sempre ter em mente que, para o paciente que está sofrendo com várias alucinações e delírios, aquilo é real. Por isso, não é interessante que você fique tentando convencê-lo do contrário, já que isso pode deixá-lo ainda mais agitado.7

E a verdade é que não há uma forma certa de se lidar com uma crise. Nesses momentos em que o paciente perde o controle, a realidade se torna muito diferente e ameaçadora. Tudo o que você pode fazer é tentar evitar que ele se machuque.

Fora dos momentos de crise, você também possui um papel importante na vida da pessoa com esquizofrenia. Você pode ajudá-la a superar os desafios da doença de algumas formas, quer saber como? Basta continuar a leitura.

 

Como ajudar uma pessoa com esquizofrenia a superar os desafios da doença?

Além do cuidado com os medicamentos e incentivo ao acompanhamento terapêutico, é fundamental que você ajude a pessoa com esquizofrenia a superar os desafios cotidianos que a doença causa como diminuição da autoestima, depressão, transtornos de ansiedade e comprometimento social.8

  • Para isso, você pode tomar algumas atitudes:8
  • Evitar julgamentos negativos sobre a aparência da pessoa;
  • Reforçar as qualidades e talentos que ela possui;
  • Incentivar que a pessoa volte a estudar e/ou trabalhar com aquilo que gosta;
  • Acompanhá-la em passeios e atividades de lazer, para reinseri-la socialmente;
  • Manter regularmente as consultas com médicos e outros profissionais de saúde, assim como realizar exames médicos;
  • Incentivar um estilo de vida saudável (alimentação, exercícios, sono);
  • Celebrar as conquistas e fazer planos para o futuro.

 

Tudo isso é importante para que a pessoa com esquizofrenia tenha mais qualidade de vida, saúde e bem-estar. Sabemos que não é fácil e é preciso ter paciência, mas, com toda certeza, seus esforços serão recompensados.

 

Referências

1.      Rangel, Bárbara L. e dos Santos, Adriana. Aspectos genéticos da esquizofrenia revisão de literatura. Revista UNINGÁ Review. Vol.16,n.3.,pp.27-31 (Out - Dez 2013) Disponível em: https://www.mastereditora.com.br/periodico/20131201_210447.pdf. Acesso em 26 fev. 2024.

2.      COELHO, Ana C.; FRAZÃO, Paula J.; PITANGA, Artur V. Esquizofrenia sob uma Perspectiva Analítica Comportamental. Centro Universitário de Anápolis Unievangélica. Disponível em: http://repositorio.aee.edu.br/bitstream/aee/8024/1/ESQUIZOFRENIA%20SOB%20UMA%20PERSPECTIVA%20ANAL%C3%8DTICA%20COMPORTAMENTA.pdf Acesso em 26 fev. 2024.

3.      COELHO, Joana Catarina Ferreira. Esquizofrenia e autocuidado: validação para a população portuguesa da escala de requisitos de autocuidado (ERA-h). Dissertação de Mestrado. Porto, 2015. Disponível em: https://comum.rcaap.pt/bitstream/10400.26/10741/1/Tese%20JOANA.pdf Acesso em 26 fev. 2024.

4.      CARVALHO, Claudia Maria Sousa et al. Vivências de familiares da pessoa com esquizofrenia. SMAD, Rev. Eletrônica Saúde Mental Álcool Drog. (Ed. port.) vol.13 no.3 Ribeirão Preto, jul./set. 2017. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806-69762017000300003&lng=pt&nrm=iso Acesso em 26 fev. 2024.

5.      LOPES, Wellington Pereira; BURIOLA, Aline. Esquizofrenia: conceito, epidemiologia e papel da enfermagem na adesão ao tratamento. Encontro Nacional de Ensino, Pesquisa e Extensão, Presidente Prudente, vol. 7, n. Especial, Jul-Dez, 2015, p. 81-88. Disponível em:  http://www.unoeste.br/site/enepe/2015/suplementos/area/Vitae/Enfermagem%20(Revis%C3%A3o)/ESQUIZOFRENIA%20CONCEITO,%20EPIDEMIOLOGIA%20E%20PAPEL%20DA%20ENFERMAGEM%20NA%20ADES%C3%83O%20AO%20TRATAMENTO.pdf  Acesso em 26 fev. 2024.

6.      Mayo Clinic. Schizophrenia. Disponível em: https://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/schizophrenia/symptoms-causes/syc-20354443  - acessado em 26 fev. 2024

7.      MORAIS, Mayara Castro. O sofrimento psíquico dos familiares de portadores de esquizofrenia: uma revisão bibliográfica. Universidade Federal da Paraíba. João Pessoa/PB, 2015. Disponível: https://repositorio.ufpb.br/jspui/bitstream/123456789/1360/1/MCM04102016.pdf Acesso em 26 fev. 2024.

8.      ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE FAMILIARES, AMIGOS E PORTADORES DE ESQUIZOFRENIA. Esquizofrenia - Saiba mais sobre. Disponível em: http://abrebrasil.org.br/esquizofrenia/ Acesso em 26 fev. 2024.

 

Material destinado a todos os públicos.

NON-2024-1652 - Junho/2024