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Atividade física pós-infarto: saiba quais cuidados tomar

Ao sofrer um infarto e não apresentar maiores complicações, o paciente recebe alta da unidade coronariana em três ou quatro dias e, após completar seis ou sete dias, pode voltar a fazer as atividades físicas com aumento gradual.1

É importante fazer testes de esforço para entender melhor o nível de atividade física de cada paciente para que o esforço não seja exagerado e nem muito fraco. São necessárias de três a seis semanas para que a área acometida seja cicatrizada, por isso, é importante saber o que pode ou não fazer de exercícios.1

Se você ainda tinha alguma dúvida sobre atividades físicas após o infarto, saiba que ela pode e deve, sim, ser praticada de acordo com suas orientações médicas.1

 

Quanto tempo devo ficar de repouso?

Isso depende da gravidade do infarto, de quão rápido o paciente recebeu atendimento, tipo de tratamento e outros fatores de saúde.2

O tempo de recuperação pós-infarto é estimado em 30 dias a 3 meses, mas é conversando com o médico que o paciente entende melhor seu quadro, qual o tempo necessário de repouso absoluto e quando dar início dos tratamentos com fisioterapia.2

 

Qual a relação entre o sedentarismo e o infarto?

Estudos mostram que pacientes que tiveram um infarto e não fizeram exercícios físicos no processo de recuperação não melhoraram os níveis de atividade simpática muscular (ANSM), indicador diretamente relacionado com os prognósticos pós-infarto.3

Assim, concluiu-se que o treinamento físico entra como um poderoso recurso não farmacológico para o tratamento a longo prazo desses pacientes, capaz de influenciar positivamente na fisiopatologia do infarto agudo do miocárdio (IAM.)3

A relação entre eles está no fato de que o risco da ocorrência de um infarto é duas vezes maior em indivíduos sedentários quando comparados com aqueles regularmente ativos.4

É claro, tudo com cautela. Neste período, os pacientes devem evitar exercícios físicos vigorosos ou levantar pesos acima de 6kg.1 Afinal, fazer exercícios físicos de maneira inadequada pode prejudicar sua recuperação, sempre converse com o seu médico.

 

Como posso começar a me exercitar?

Uma das indicações dos médicos é começar com a caminhada. Inicialmente, o recomendado é andar de 10 a 30 minutos por dia. 5 Depois, com a progressão gradual das atividades aeróbicas, o paciente entra na Fase 2 da reabilitação cardíaca, e pode realizar exercícios de baixa a moderada intensidade, por 30 min, pelo menos três vezes na semana.3

IMPORTANTE: é recomendado que o paciente fique atento aos sinais do corpo e, durante o período de reabilitação, reporte ao médico responsável qualquer sintoma surgido durante a prática de exercícios físicos.

Vale ressaltar que, seja para a caminhada, ou para as outras atividades, é essencial buscar recomendação médica. Afinal, a avaliação profissional poderá medir, por meio de exames, o tipo e a frequência dos exercícios que o paciente pode fazer para não comprometer a sua saúde.

Lembrando que ninguém entende melhor sobre o seu quadro clínico do que seu médico. Converse com ele e tire todas as dúvidas para começar a se exercitar e ficar com a melhor qualidade de vida possível!

Leia também | Como o colesterol pode contribuir para um infarto?

 

Referências:

SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA. Infarto do Miocárdio: Atenção para os seguintes aspectos. Disponível em: http://sociedades.cardiol.br/socerj/publico/dica-infarto.asp. Acesso em: 21 out. 2024.

Cleveland Clinic. Heart Attack Recovery: How Long It Takes & What to Expect. Disponível em: https://my.clevelandclinic.org/health/articles/17055-heart-attack-recovery--cardiac-rehabilitation. Acesso em: 21 out. 2024.

Martinez, Daniel & Almeida, Leonardo & Trevizan, Patricia & Silva, Lilian & Laterza, Mateus. REVISÃO EXERCÍCIO FÍSICO APÓS INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO: SEGURANÇA DURANTE O EXERCÍCIO. doi: 10.29381/0103-8559/20182803336-41. Disponível em: https://socesp.org.br/revista/assets/upload/revista/11877032031539116314pdfptEXERC%C3%8DCIO%20F%C3%8DSICO%20AP%C3%93S%20INFARTO%20AGUDO%20DO%20MIOC%C3%81RDIO%20-%20SEGURAN%C3%87A%20DURANTE%20O%20EXERC%C3%8DCIO_SUPLEMENTO%20DA%20REVISTA%20SOCESP%20V28%20N3.pdf. Acesso em: 21 out. 2024.

MANTOVANI, Efigênia Passarelli; FORTI, Vera Aparecida Madruga. Epidemiologia, Atividade Física e Saúde. In: Saúde Coletiva. FEF - UNICAMP. Disponível em: https://www.fef.unicamp.br/fef/sites/uploads/deafa/qvaf/saude_coletiva_cap1.pdf. Acesso em: 21 out. 2024.

NAHAS, Markus V. Atividade Física, Saúde & Qualidade de Vida: Conceitos e Sugestões para um Estilo de Vida Ativo. 7. ed. rev. e aum. Sociedade Brasileira de Atividade Física e Saúde. 2017. 354 p. Disponível em: https://sbafs.org.br/admin/files/papers/file_lIduWnhVZnP7.pdf. Acesso em: 21 out. 2024.

 

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