Blog da Saúde
Você conhece os diferentes tipos de esquizofrenia?
Vamos conversar sobre esquizofrenia?
Essa é uma doença ainda pouco compreendida e cheia de tabus
pela sociedade, mas falar e entender sobre ela é essencial para quebrar as
barreiras e acabar com os preconceitos.
A esquizofrenia é uma entre diversos transtornos psicóticos
reconhecidos pela American Psychiatric Association. Dificuldade para pensar, expressar
sentimentos e comportar-se com clareza são algumas das dificuldades que um
paciente com esquizofrenia pode ter. 1,2
A esquizofrenia é um transtorno mental grave caracterizado
pela dissociação do que é real. Ou seja, pessoas interpretam a realidade de
forma anormal. Por isso, em alguns casos a pessoa pode apresentar sintomas como
alucinações.1,2
Ao contrário do que muitos acreditam, as pessoas que
possuem esquizofrenia nem sempre vão apresentar os mesmos sintomas. De forma
simples, esquizofrenia não é tudo igual, existem alguns subtipos que ajudam a identificar
e tratar a doença. 1,2
É justamente sobre esses subtipos que queremos falar hoje.
Você já ouviu falar sobre eles?
Acompanhe o texto e confira todos os detalhes!
Tipos de esquizofrenia
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a
esquizofrenia é a terceira causa de perda da qualidade de vida entre os 15 e 44
anos, afetando aproximadamente 1,6 milhão de brasileiros.3
Ela é identificada como uma psicose crônica idiopática, que
possui diferentes tipos da doença com sintomas que se assemelham e se
sobrepõem. Sendo eles divididos em 5 tipos²:
1. Esquizofrenia
paranoide: o paciente apresenta ideias delirantes com frequência, de
caráter persecutório, geralmente acompanhadas de alucinações auditivas e de perturbações
da percepção. 4
2. Esquizofrenia
hebefrênica: o paciente pode apresentar ideias delirantes e
as alucinações são rápidas e fragmentadas, o comportamento é irresponsável e imprevisível.
3
3.
Esquizofrenia catatônica: o
paciente é dominado por distúrbios psicomotores que podem
alternar entre extremos. Ou seja, a pessoa pode apresentar uma considerável
redução na execução de movimentos corporais ou a redução completa de uma hora
para outra. Em outros casos, pode acontecer justamente o contrário: os
movimentos aumentarem drasticamente. 4
O paciente pode apresentar, ainda, resistência
para mudar sua própria aparência, deixar de participar de atividades na sua
rotina ou passar horas parado na mesma posição. 4
4.
Esquizofrenia indiferenciada: conhecida como desorganizada ou atípica, esse tipo da doença é
caracterizado por um comportamento mais infantil, com respostas emocionais
inadequadas e pensamentos incoerentes. Nesse tipo, nem sempre há alucinações e
delírios. No entanto, não podemos excluir os sintomas da classificação, pois pode
ocorrer. 4
5.
Esquizofrenia residual: esse
tipo é diagnosticado quando o paciente já não apresenta nenhum sintoma. Ou
seja, quando o paciente apresentou a doença no passado, mas que já não está presente
atualmente. No entanto, o paciente ainda pode apresentar alguns sintomas
negativos, como isolamento social, falta de inciativa, algumas alucinações
ainda podem estar presentes, mas suas manifestações costumam ser muito menos
frequentes. 4
O tratamento é importante
Independentemente do tipo de esquizofrenia, o importante mesmo é que o
paciente receba o tratamento adequado. 4
Pode não ser uma tarefa fácil diagnosticá-la em seu estágio inicial,
pois mesmo que haja indícios, os sintomas mais graves podem aparecer apenas
após alguns meses ou até anos. 4
O tratamento da esquizofrenia consiste no uso de antipsicóticos em
monoterapia e associação com outros medicamentos e psicoterapia. Esses processos
ajudam a controlar a doença e oferecer mais qualidade de vida e bem-estar para
paciente e familiares. 4
Você já tratou ou teve contato com uma pessoa diagnosticada com
esquizofrenia? O Se Cuida tem diversos conteúdos que podem te ajudar a entender
melhor sobre a doença. Venha conferir!
Material para todos os públicos.
LEP-2022-0069- junho/2022
Referencias
1 CARVALHO, Claudia Maria Sousa de; SOUSA,
Deisinara Maria Gomes de; PINHO, Ranah Isabelle Amorim de; FERNANDES, Márcia
Astrês; OLIVEIRA, Adélia Dalva da Silva. Vivências de familiares da pessoa com
esquizofrenia. SMAD, Rev. Eletrônica Saúde Mental Álcool Drog, [S.
l.], v. 13, p. 125-131, 23 mar. 2022. DOI 10.11606/issn.1806-6976.v13i3p125-131.
Disponível em:
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806-69762017000300003&lng=pt&nrm=iso.
Acesso em: 22 abr. 2022.
2 SILVA, Regina Cláudia Barbosa da. Esquizofrenia:
uma revisão. Psicologia USP , 30 set. 2010. DOI
https://doi.org/10.1590/S0103-65642006000400014. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/pusp/a/Vt9jGsLzGs535fdrsXKHXzb/. Acesso em: 23 abr.
2022
3 SECRETARIA DE ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
(SAPS). Dia Nacional da Pessoa com Esquizofrenia: doença, que tem
tratamento, ainda é cercada de tabus: Assistência adequada oferecida pelo
SUS possibilita que pessoa leve a vida normalmente. [S. l.], 24 maio
2021. Disponível em: https://aps.saude.gov.br/noticia/12396. Acesso em: 22 abr.
2022.
4 IPEMED EDUCACIONAL. Esquizofrenia:
entenda os sintomas, causas e tratamento desse grave transtorno psicótico.
[S. l.], 23 mar. 2022. Disponível em:
https://www.ipemed.com.br/blog/esquizofrenia. Acesso em: 22 abr. 2022.